- Será que só ele é que gosta de ser tensionado?
Ela jogou a cabeça para trás e explodiu numa gargalhada - Claro que não, meu jovem amigo, eu também gosto... acho que esse era o grande momento de nossa amizade. Saber o quanto tensionar, o quando deixar solto, o quando pedir e o quanto entregar. É difícil ser amigo, sabe? Ainda mais entre homens e mulheres, em grande parte das vezes, confunde-se amizade e desejo, e são poucas as mulheres e muito menos os homens que sabem separar a hora da amizade da hora do desejo, por sorte, fazemos parte dessa minoria, por isso temos essa conexão há tanto tempo.
Um estrondo sacudiu as vidraças, o rapaz se encolheu de susto com o trovão enquanto ela pareceu não se importar. Levantou-se calmamente e foi até a janela. Abriu-a e recebeu alguns respingos no rosto. Voltou-se para o rapaz, tomou-o pela mão. Ela tinha as palmas macias, mas fortes. Trouxe-o até o peitoril da janela, lá fora, uma tempestade de verão desabava sobre a cidade e uma aragem úmida invadia a sala.
Os dois estava com as mãos apoiadas na madeira do caixilho, recebendo grossas gotas de chuva nos dedos. Ambos de olhos fechados, a brisa molhada acariciando o rosto dos dois. Ela quebrou o silêncio.
- Gente... como é bom, é revitalizante ter a chuva no rosto, não acha? Como é bom... pena que não tenho me molhado tanto quanto gostaria... Me lembro de um carnaval. Eu o encontrei por acaso em um bloco, e foi nos vermos e um temporal desabou, eu usava um capuz vermelho, ele estava com um panamá todo amassado, típico dele. Nos escondemos entre dois sobrados, para nos proteger das pessoas, e não da chuva. Esperamos o bloco se distanciar e voltamos para a rua, molhados, inebriados pela experiência de termos deixado os céus nos lavarem de tudo, deixando-nos limpos e puros para o que quiséssemos dali para frente. Ficamos os dois dançando, pulando pelos paralelepípedos molhados, tendo ao fundo as marchinhas do bloco que ia lá na frente... nos molhamos muito aquele dia... ele acabou comprando uma toalha para que eu voltasse para casa, de tão encharcada de água e felicidade que eu estava.
Ela jogou a cabeça para trás e explodiu numa gargalhada - Claro que não, meu jovem amigo, eu também gosto... acho que esse era o grande momento de nossa amizade. Saber o quanto tensionar, o quando deixar solto, o quando pedir e o quanto entregar. É difícil ser amigo, sabe? Ainda mais entre homens e mulheres, em grande parte das vezes, confunde-se amizade e desejo, e são poucas as mulheres e muito menos os homens que sabem separar a hora da amizade da hora do desejo, por sorte, fazemos parte dessa minoria, por isso temos essa conexão há tanto tempo.
Um estrondo sacudiu as vidraças, o rapaz se encolheu de susto com o trovão enquanto ela pareceu não se importar. Levantou-se calmamente e foi até a janela. Abriu-a e recebeu alguns respingos no rosto. Voltou-se para o rapaz, tomou-o pela mão. Ela tinha as palmas macias, mas fortes. Trouxe-o até o peitoril da janela, lá fora, uma tempestade de verão desabava sobre a cidade e uma aragem úmida invadia a sala.
Os dois estava com as mãos apoiadas na madeira do caixilho, recebendo grossas gotas de chuva nos dedos. Ambos de olhos fechados, a brisa molhada acariciando o rosto dos dois. Ela quebrou o silêncio.
- Gente... como é bom, é revitalizante ter a chuva no rosto, não acha? Como é bom... pena que não tenho me molhado tanto quanto gostaria... Me lembro de um carnaval. Eu o encontrei por acaso em um bloco, e foi nos vermos e um temporal desabou, eu usava um capuz vermelho, ele estava com um panamá todo amassado, típico dele. Nos escondemos entre dois sobrados, para nos proteger das pessoas, e não da chuva. Esperamos o bloco se distanciar e voltamos para a rua, molhados, inebriados pela experiência de termos deixado os céus nos lavarem de tudo, deixando-nos limpos e puros para o que quiséssemos dali para frente. Ficamos os dois dançando, pulando pelos paralelepípedos molhados, tendo ao fundo as marchinhas do bloco que ia lá na frente... nos molhamos muito aquele dia... ele acabou comprando uma toalha para que eu voltasse para casa, de tão encharcada de água e felicidade que eu estava.
Photoshop, sobre imagens sxc.hu
2 comentários:
ummm. Esse repórter vai acabar comendo a velhinha.
deixa de se rtarado, ô!
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