Gabriel estava realmente intrigado com as atitudes de Ana. O fato da menina estar lhe provocando daquela forma só poderia ser o indício de que havia algo a ser escondido. Puxou pela memória, ela sempre o provocara, mas nunca tão abertamente. Fazia até sentido se ela realmente tivesse algum interesse nele. Mas... se fosse só isso, por que ela não tinha feito isso antes? Talvez a única maneira de descobrir fosse dando corda a ela.
- Então... vai que hoje eu armo uma cena com a Mel, arrumo uma mochila de roupa e sumo com vocês às duas amanhã para não sei onde. Deixo emprego, namorada, família, tudo pra trás pra te seguir, e aí? O que tem em mente?
- Tudo, gatinho! Tudo! - os olhos da menina brilharam - a gente pode fazer tudo... eu e você podemos fazer tudo, podemos ganhar muito dinheiro, ou levar uma vida nômade, pulando de lugar em lugar...
- Humm, uma aventura seria interessante... mas... como arrumaríamos dinheiro, ia deixar que eu fosse seu cafetão pra descolar algum?
Ela riu maliciosamente, rebolando até o rapaz e enlaçando-o com um braço, a outra mão fazendo um carinho no peito dele - E porque não, bonitão? Só descolar alguns trouxas pra depenar depois...
Gabriel acariciou a cintura da garota - Que bom que temos alguém aqui que não tem medo de coisa errada... e se algum otário desses reagir, a gente faz o que? Amarra, espanca, mata?
Ela aproximou-se da orelha dele e sussurrou, na voz mais sensual que ele imaginara algum dia ouvir - Podemos fazer isso tudo... não acha excitante?
Illustrator, sobre uma foto do corbis.com
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