Ana olhou para os outros convidados enquanto Clara ia pra cozinha.
- Tá nervosa com a viagem, a boba. Vou lá falar com ela... sabe como é a Clarinha, muito impressionável. Pra vocês verem, ela acha que a carne que come nasce já embalada numa árvore, que ninguém mata os bichinhos.
Encontrou a amiga encostada na parede, o rosto escondido no braço. Não se segurou e puxou a moça com violência pelo braço.
- Ficou louca, é? - os olhos de Ana estavam injetados de sangue, e Clara se encolheu de encontro à parede, a amiga crescendo para cima dela, os dentes cerrados, a voz baixa, intimidadora - você vai ficar quietinha, ouviu? Fica quietinha, sabe que sou eu que mando aqui, não sabe? - ela assentiu, os olhos marejados, fixos nos de Ana - se você estragar nosso plano, já jabe o que vai te acontecer, né, piranha? Agora vamos voltar lá para a sala, cê vai segurar tua onda, vou falar o que eu quiser e você vai achar tudo lindo e maravilhoso, entendeu?
Clara assentiu num fiapo de voz. Então Ana se aproximou um pouco mais, uma das mãos ainda segurando o pulso da amiga, enquanto a outra acariciava um dos seios dela. A boca muito próxima do rosto da outra, a língua tocando a pele dela, vagarosamente traçando uma linha do pescoço ao lóbulo da orelha, quando enfim falou:
- Assim que eu gosto, delícia, assim que eu gosto. Engole o choro e volta pra sala - deu um beijo na ponta da orelha da amiga e saiu rebolando, com uma sacola de cervejas e um pacote de biscoitos nas mãos.
- Tá nervosa com a viagem, a boba. Vou lá falar com ela... sabe como é a Clarinha, muito impressionável. Pra vocês verem, ela acha que a carne que come nasce já embalada numa árvore, que ninguém mata os bichinhos.
Encontrou a amiga encostada na parede, o rosto escondido no braço. Não se segurou e puxou a moça com violência pelo braço.
- Ficou louca, é? - os olhos de Ana estavam injetados de sangue, e Clara se encolheu de encontro à parede, a amiga crescendo para cima dela, os dentes cerrados, a voz baixa, intimidadora - você vai ficar quietinha, ouviu? Fica quietinha, sabe que sou eu que mando aqui, não sabe? - ela assentiu, os olhos marejados, fixos nos de Ana - se você estragar nosso plano, já jabe o que vai te acontecer, né, piranha? Agora vamos voltar lá para a sala, cê vai segurar tua onda, vou falar o que eu quiser e você vai achar tudo lindo e maravilhoso, entendeu?
Clara assentiu num fiapo de voz. Então Ana se aproximou um pouco mais, uma das mãos ainda segurando o pulso da amiga, enquanto a outra acariciava um dos seios dela. A boca muito próxima do rosto da outra, a língua tocando a pele dela, vagarosamente traçando uma linha do pescoço ao lóbulo da orelha, quando enfim falou:
- Assim que eu gosto, delícia, assim que eu gosto. Engole o choro e volta pra sala - deu um beijo na ponta da orelha da amiga e saiu rebolando, com uma sacola de cervejas e um pacote de biscoitos nas mãos.
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